quinta-feira, 17 de maio de 2007

Praxes

Hoje ao sair da escola recebi este panfleto do MATA - Movimento Anti "Tradição Académica" - sobre as praxes:
Lembrei-me de pesquisar sobre alguns casos que saíram na imprensa para apoiar de algum modo, esta iniciativa. Os casos não são nada brandos e podem assustar algumas pessoas...

Quarta-feira, 16 Maio 2007

Um caloiro de Medicina de Coimbra foi ferido no escroto – bolsa que envolve os testículos – durante o julgamento da praxe da Universidade de Coimbra, quando vários doutores decidiram rapar-lhe os pêlos púbicos. O aluno do 1.º ano, de 19 anos, teve de receber assistência hospitalar e já apresentou queixa ao Conselho de Veteranos da universidade.

Domingo, 3 Dezembro 2006

Não havia a mais leve suspeita de crime, apenas hesitação dos médicos numa explicação para a hemorragia cerebral. Diogo, aluno brilhante e saudável, dera entrada nas Urgências do Hospital de Famalicão, na noite de 8 de Outubro de 2001. Foi encontrado por um colega da tuna junto aos lavatórios de um WC da universidade: estava de joelhos, costas curvadas, testa encostada ao chão – praxado. Alguém chamou uma ambulância. O hospital é ali a escassas centenas de metros. Diogo chegou em estado de coma profundo.


2003

É o primeiro caso de praxe académica violenta a ser levado a julgamento. Foi em 2003 que uma aluna da Escola Agrária de Santarém se queixou de ter visto todo o seu corpo esfregado com excrementos de animal. Ontem, o juiz António Gaspar, do Tribunal de Santarém, decidiu levar seis dos sete arguídos a julgamento.

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Lembro-me de já ter visto casos mais graves nas noticias, apesar disso creio que estes 3 demonstram a violência desta estúpida tradição. Assédio sexual, humilhação, violência física e psicológica, tudo isto por integração e participação em actividades académicas, será que compensa? Será que participar e dizer que sim fará com que as praxes continuem? Por outro lado, será que dizer que não iniciará uma luta contra algo que existe há mais de 20 anos? Ou trará apenas...mais violência? Alguns alunos fazem queixa ao conselho de veteranos da faculdade, mas, como podemos lutar contra a praxe participando nela? Até existe um CÓDIGO DA PRAXE, assinado por várias universidades, com direitos e deveres dos caloiros, tratados no mesmo por "animais"...Que raio de método de integração é este? Ainda por cima as praxes duram o ano inteiro...Como é possível conciliar a dura vida de estudante académico com humilhações constantes? Esperemos que casos graves como os anteriores sirvam de exemplo para mudar algo, que muito obviamente, está errado.

2 comentários:

' Claudjinha disse...

Tou cntg!! Praxes abaixo...eh uma estupidez. Pelo menos ha brincadeiras mais saudaveis...

Anónimo disse...

Jovem...

Fico feliz por te preocupares com as praxes, e principalment com os caloiros, sejam eles da faculdad, sejam da tuna, etc.

No entanto, devo dizer-t como caloiro que fui até final da semana passada - pk deixei d o ser no final da SAL (semana academica d lisboa) - que isto são exepções! Exacto, EXEPÇÕES!

O facto é que as praxes violentas devem ser eliminadas. E são repugnadas e alvo de crime, quando chegadas a esse nivel. Mas a praxe não foi criado para humilhar. Bem plo contrário.

A praxe é o melhor momento do aluno na vida academica. Conhece malta a rodos, diverte-se à grande, e até mesmo o facto de de começares por ser chamado "bicho", antes de seres caloiro (isto é, és bicho antes das praxes. és caloiro quando começas as aulas e já foste praxado...) te mostra como as coisas se passam na vida academica!

Tens que respeitar os mais velhos, como na vida. Depois? Depois ganhas a amizade e a ajuda para um percurso que acredita, é muiiiito puxado...

Acredita. Dizes isto pk os media realçam factos extremos. E ainda bem q o fazem. Mas quando, e se, um dia entrares, vais entender que a realidade n é essa. E que a praxe foi o q d melhor te aconteceu na faculdade...

Um abraço, e passa no meu estaminé! ;)